Wednesday, November 27, 2013

cesárea nasceu

é hoje o lançamento da cesárea e eu sinto o maior orgulho do mundo de fazer parte desse projeto, idealizado pelo meu namorado espiritual xinaider carpeggiani e jaíne cintra.

a cesárea é a primeira revista de literatura pra ipad lançada no brasil. pra lê-la, a senhora precisará de um tablet, mas quem não tem um (eu merma não tenho) pode pedir pro seu nerd preferido portador de ipad comprar e partilhar a leitura. ganha a senhora, ganha o amigo. e ganham todos os autores: a revista funciona como cooperativa, e o que for arrecadado será dividido entre os autores. comunismo lindo!

eu participo dessa primeira edição com os scans do meu diário, na época da feitura de autotomy (...). são colagens e escritos que eu nunca publiquei aqui, algumas referências que me inspiraram na feitura do trabalho, citações, receitas médicas pra histeria crônica e outras lorotas.

mas tem coisa muito melhor pra ver na rivishta que minhas doidice: tem fabiana moraes com texto sobre pessoas que vão à igreja na hora do almoço (isso é que é pauta), ricardo viel, ricardo domeneck e OH YEAH lou reed!!!

são mais de 100 páginas de puro amor. e sabe quanto a cesárea custa, minha gente? R$ 4 e uns quebrados. eu só posso recomendar. nos tempos em que publicações voltadas pro jornalismo cultural virou "roteirão", a cesárea é um alívio.

a cesárea maravilhosa e sexy tá à venda no itunes. rái lá, amiga!









Monday, November 25, 2013

las mariposas

estas três são as irmãs mirabal, revolucionárias da república dominicana, que lutavam contra a ditadura de trujillo naquele país.

elas foram estranguladas e apunhaladas pelas forças de ditador, depois de terem sido torturadas em várias outras ocasiões. os corpos de las mariposas,como eram conhecidas, foram encontrados num canavial, no dia 25 de novembro de 1960.

só queria lembrar delas.


Friday, November 22, 2013

Thursday, November 21, 2013

mas por que você vai embora?
porque se eu ficar mais um minuto, vou me apaixonar.
o que posso fazer pra fazer você ficar?
você teria que casar comigo.


Friday, November 15, 2013

bora ajudar, meu povo

apesar de estar solidária e comovida com a tragédia nas filipinas, não tinha nem passado pela minha cabeça ajudar de alguma forma, até que uma leitorinha mandou o print do instagram de gisele, reclamando tanto da postagem dela, quantos dos comentários tipo "que deus abençoe", "nossas preces estão com eles".




i'm sorry, mas o que os filipinos menos precisam agora é de oração, porra. precisam é de ação. eu amo gisele (sim, i do!) mas é fácil fazer uma postagem dessa e não indicar uma rede de mobilização, um site de doação, ponto de arrecadação de donativos... ela tem um milhão de seguidores, pô.

claro, não é somente a coitada da gisele que perdeu a oportunidade de ajudar de verdade. na minha timeline no facebook NINGUÉM comentou a tregédia, e olha que eu tenho 900 e tantos amigos e a maioria bem dos engajados.

então, fazendo aqui um mea culpa que eu merma também não fiz nada antes pra ajudar, aqui vai duas opções:
. pra doar pra cruz vermelha brasileira

saiba mais no site da cruz vermelha


. pra doar pra unicef
saiba mais no site da unicef brasil


update!!!o leitoro ricardo sampaio mandou o link da ação que o tumblr está organizando, cujos fundos vão diretamente pro programa mundial de alimentação da ONU. as doações podem ser feitas por sms ou online.

update 2!!!
a leitorinha mariana manda avisar da iniciativa dos médicos sem fronteiras!!!


e atenção: TEM GENTE QUE SE APROVEITA DESSAS TRAGÉDIA RPA FAZER DINHEIRO, então não saia doando sem conhecer a credibilidade da instituição. 







aqui vai o recibo da minha doação. não é pra amostrar, pelamor, é só pra dizer, maaais uma vez, que quando eu incentivo o povo a doar dinheiro, sou a primeira a tirar do meu também.




Thursday, November 14, 2013

Wednesday, November 13, 2013

dizeres da vida

because that, which you don't want to do, is to fail in either clarity or in passion.




martha graham mandando dinheiro e sucesso se foder. que o que importa é clareza e paixão.

uma revista

a cesárea é um projeto maravilhoso de schneider carpegianni e jaíne cintra. é a primeira revista de literatura pensada pra ipad e funciona como cooperativa: a venda dos exemplares será dividida igualmente entre os autores. é lindo!

a primeira edição tem cento e tantas páginas, 17 autores e será vendida pelo maravilhos preço de 1,29 US$.


o lançamento é dia 27 de novembro e eu participo com um scans do meu diário. ui, que drama!




parto normal




a cesárea tem uma págiina no facebook. clica lá, cláudia!

Tuesday, November 12, 2013

auto-ajuda do dia

é imbatível 

heroína

allen ginsberg tem razão
quando diz que poemas nascem de
conversas

não contei a ninguém das sombras
das árvores no teto do quarto que eu
só vi porque estava deitada no escuro que eu
só vi
porque apaguei a luz pra ficar triste em paz
como se
acender a luz revelasse o que tem por dentro que se quer esconder

não sei fazer um poema sobre isso porque
não contei a ninguém

e não contei a ninguém do homem
injetando heroína na estação de metrô que eu
só vi porque a menina que estava na minha frente sentou e eu
só vi
que ele procurava no pé esquerdo a veia, com a seringa na boca
como se
acender a luz revelasse o que tem por dentro que se quer esconder

não sei fazer um poema sobre isso porque
não contei a ninguém.


Monday, November 11, 2013

dizeres do dia

só escrevi o que escrevi para poder, um dia, ter o direito de escrever uma autobiografia.


simone de beauvoir sambando na nossa cara,
enquanto fazemos esses selfie de merda
no banheiro da balada.

Friday, November 08, 2013

Saturday, November 02, 2013

conversando com meu editor sobre um texto que tenho pra escrever que inclui visitar um cemitério de uma famosa cantora enterrada em berlim

- (...) andei muito e nunca achei o cemitério, nunca achei os fantasmas, nunca achei os mortos. mas dei de cara com um pato.
- por que não fosse com jakob?
- porque essas coisas se faz sozinha.


no dia dos mortos, parabéns pra quem morreu

bilhete de martin parr para robert capa que, se estivesse vivo, teria completado 100 anos em outubro:


(...) you would be amazed at what we have all turned the world into.



capa, eu diria mais: você ficaria impressionado com a quantidade de auto-retratos imbecis que sou obrigada a ver todos os dias. esses auto-retratos, capa, e sua quantidade absurda, são ainda mais ultrajantes se pensarmos que se a geração de 68 estivesse ocupada fazendo auto-retratos no elevador, o mundo teria demorado mais pra ver o fim da guerra do vietnã, teríamos visto silêncio diante do assassinato de martin luther king, não ia ter tido a luta armada contra os militares no brasil, nem teríamos pílula, nem o abbey road, nem a primavera de praga, nem as passeatas de maio em paris, nem sabe lá deus mais o quê.

capa, nunca antes houve tantos conflitos que você poderia fotografar. o cardápio é imenso: você poderia ir pra síria,egito, sudão do sul, iêmen, costa do marfim, rússia, rio de janeiro, afeganistão, tibete, nigéria, iraque, israel, tailândia, mali...

mas você não está vivo e, enquanto em todo canto do mundo há genocídios institucionalizados, estamos aqui, firmes e fortes, fotografando a nós mesmos no elevador.

que bosta.

Friday, November 01, 2013

"se partir em dois"

que coisa mais maravilhosa ter a "autotomy (...)" publicada na também maravilhosa revista geni. a publicação é fruto de uma conversa de semanas entre mim* e gui mohallem, na qual conversamos sobre nossas neuroses e nosso trabalho, paixões e despaixões e outras doidices.

acho que essa conversa com ele e a publicação da série na revista  foi uma das melhores coisas que aconteceu com "autotomy (...)".

é a primeira vez que a série é publicada na íntegra, sem mimimi, sem cortes. então convido vocês a clicar no link embaixo da foto e participar dessa troca:








*gente, a regra do "entre" é uma das mais feiosas da gramática. sei que pronome pessoal do caso reto (no caso, "eu") não pode vir depois de preposição, mas é que "entre mim" soa muito feio, porra!

confusa

me prometo escrever mais. ando com a promessa embaixo da língua, mais o diário e um lápis afiado, que no fim das contas nunca saco da bolsa quando um comentário me vem.

então escrevo quando chego em casa. sento, e tento lembrar das coisas que pensei e que julgo geniais. se não me lembro, elas se mantêm assim. se me lembro e as escrevo, perdem totalmente a graça.

devia parar de fazer promessas.